O governo
federal deve autorizar nesta quinta-feira (31) o reajuste no preço dos
medicamentos. A estimativa da indústria farmacêutica é que a alta seja
de até 12,5%. Segundo o R7, se o índice se confirmar, será a primeira
vez em uma década que remédios subirão mais do que a inflação (10,76%).
A
Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) divulgou a
estimativa no mês passado e o último dia de março é a data em que,
tradicionalmente, o reajuste dos valores dos remédios é autorizado.
O
Ministério da Saúde afirmou, na quarta-feira (30) que a autorização
provavelmente sairia nesta quinta, com validade já a partir da
publicação.
Para chegar
ao percentual, o Ministério lconsidera o IPCA (Índice Nacional de
Preços ao Consumidor Amplo), a produtividade da indústria, o câmbio e o
preço da energia elétrica, além de outros fatores. O diretor executivo
da Abradilan (Associação Brasileira de Distribuição e Logística de
Produtos Farmacêuticos), Geraldo Monteiro, estima que o reajuste deve
chegar às prateleiras das farmácias em até 15 dias.
"À medida
que os medicamentos forem distribuídos com preço maior, deve haver
reajuste. Em alguns casos, isso já pode ocorrer no primeiro dia. Mas, em
geral, para atingir a maioria dos produtos, demora cerca de duas
semanas", explica Monteiro, criticando o fato de o reajuste não ter sido
divulgado antes.
A provável
alta é fruto da crise econômica, afirmou Antônio Britto,
presidente-executivo da Interfarma. "O cálculo do governo mostra com
clareza que até a indústria farmacêutica, normalmente menos prejudicada
por crises econômicas, está sendo atingida pelo momento difícil que o
Brasil enfrenta".
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